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LUTA E CULTURA

Nesse dia tivemos as discussões teóricas a respeito das lutas, a partir da bibliografia indicada.

Começamos com o professor perguntando quem pratica alguma luta. Para o que poucos responderam afirmativamente, porém, com a intervenção do professor, percebemos que muitos já tiveram contato com práticas, que não consideravam luta, tal como cabo de guerra, adoleta, quebra de braço. 

 

A partir daí, discutimos sobre os aspectos que caracterizam uma prática corporal como luta. Baseados no texto, vimos que a luta se trata de uma prática realizada entre duas ou mais pessoas que empregam técnicas específicas com os objetivos de imobilizar, tocar ou desequilibrar o/a seu/sua oponente.

 

Passamos a discorrer sobre outros aspectos da luta, sobre como acumula significados tradicionais de rito, prática religiosa, treinamento para a guerra e exercício físico, e o quanto isso varia de acordo com a cultura de onde se originou aquele tipo de luta. Suas raízes estão enterradas no contexto social da época, por isso, conhecer sua história é uma maneira de acessar os significados que lhe foram atribuídos pelos seus criadores, assim como as diferentes significações dadas por diferentes grupos.

Em seguida, tratamos do papel que algumas esferas exercem no modo como as lutas são divulgadas mundo afora, destacando, por exemplo, os interesses comerciais que transformam determinados tipos de lutas em um espetáculo, consumido por milhares de pessoas. Além das questões políticas e econômicas que influenciam essa difusão, como a associação das lutas e o cinema, as lutas e a violência/agressividade, lutas e poderes mágicos, lutas e defesa pessoal, lutas e combate ao stress, que dão outros significados às lutas, e de certo modo, esvaziam a essência da luta.

 

Algumas imagens de lutas foram apresentadas, ressaltando as lutas da antiguidade, como pancrácio, sumô, marajoara, esta uma luta genuinamente brasileira, além do huka-huka e da capoeira.

Para finalizar a aula, assistimos a dois vídeos sobre a tematização da luta na escola. O primeiro deles apresentava uma vivência de uma luta de agarre em uma escola pública. O segundo uma vivência de kung fu, também em escola pública.

 

Durante a discussão, foi problematizado o fato de que, durante um longo tempo do vídeo, eram meninos que apareciam fazendo as atividades e explicando seus movimentos. Falamos então sobre o caráter sexista das lutas e de como é preciso um trabalho mais cuidadoso do/da professor/professora para com as alunas, reafirmando sempre a possibilidade que elas têm de serem tão boas quanto, ou até melhores que os meninos nessa prática. E ainda, ressaltou-se a abordagem utilizada no segundo vídeo: mapeamento, vivências, aprofundamento, vivência e ampliação.

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